Ha tempo nao sentia
o ar que ali vivia
o ruido da chegada
a partida alinhada
Abrem as portas
Enchem os espacos
Fecham as portas
Para o atraso
O cheiro do trabalho
O odor do cansaco
Impedem o abraco
no vagao aglomerado
Olhares se cruzam
As maos carregam
bolsas de bondade
Maletas de maldade
As criancas perguntam
Os jovens refletem
os adultos cochilam
os velhos adormecem
O Cheiro de dor
Carregam o amor
da gravidez esperada
talvez indesejada
Assim parte o trem
de portas fechadas
com a gente cansada
da exaustiva jornada
As portas se abrem
Em um instante se fecham
Carregam nuitas vidas
transportam feridas
Alimentam coracoes
Saciam as emoces
Necessidades e saudades.
que apertam os coracoes
by marli camargo
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