La do céu,
levada pelo vento e a velocidade do meu companheiro de doze anos, o qual
percorreu comigo terras distantes, exóticas, frias, quentes, grandes e
pequenas. Ele me propicia observar uma parte da terra onde o domínio
do homem e evidente, permanente, quem sabe.
São as
cidades, seu planejamento, suas ruas, casas, prédios, as arvores plantadas,
outras mantidas,lagos,rios, montanhas, florestas e pouco a pouco tudo
se torna pequeno, mas muito pequeno, só as luzes tornaram se pequenos pontos,
visto de longe, de muito longe. E la estava, as grandes nuvens, elas cobriam a
terra. Os pensamentos nelas repousavam. Pensava que ali poderia descansar
eternamente, em uma nuvem como um floco de algodao doce. Vivendo uma doce
vida . Vivendo assim, não haveria necessidade de despedidas, de adeus, de hasta
luego, ciao, tchau, bye, ate a próxima, por um tempo imaginei que viver nas
nuvens seria o ideal. Puro engano, já comprovei, não é. Ha turbulências,
grandes, muitas e sempre.
Já
na escuridão, na alta madrugada, nada se via la fora, nem mesmo
as nuvens, só os pensamentos que já estavam tão obscuros quanto a noite.
Hora de repousar, deixa para la a refeição a bordo, fecho os
olhos, os ouvidos ainda não, pratos sendo servidos, línguas
estrangeiras familiares, manjares, lembranças.
Sigo
pensando e consolada pela poltrona que vira uma semi-cama. Mãos estranhas
gentilmente lança uma coberta macia que se estende pelo meu corpo e me aquece.
A lâmpada lateral e apagada, o livro aberto se fecha e se mantêm
ao meu lado, esperando uma outra oportunidade de leitura.
O cansaço repousa,
a mente viaja e o corpo adormece, sonhando com um novo amanha, novo futuro,
novo mergulho.
A gentileza
das mãos noturnas me despertam com um lenço aquecido,uma musica suave
e em seguida um saboroso café da manha, que o estomago vazio agradece.No
desembarque, o reencontro, o beijo, o cheiro.
O retorno a
casa, as canções do K.love, o verde exuberante da estrada, da cidade,do bairro,
do condomínio, do jardim, enfim em casa. A casa distante dos amigos chegados e da família de sangue. Mas a casa dos novos
amigos,dos que passam, entram e se vão felizes.Uma casa especial.
A tranqüilidade
interior, a paz, a alegria, a satisfação.
Mão na mão,o sempre e eterno aconchego.
Que
chamego!!!
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