Hoje


Hoje ja passou
A chuva se foi
Deixou o frescor
O cheiro do amor
Um beijo molhado
Um abraco apertado
A lagrima saudosa
Os olhos brilhantes
Os cabelos encaracolados
perfumados,desordenado
Deixou um fio, um  rio
Que inundou meu ser
Das lembrancas gostosas
Corajosas, medrosas
Carinhosas,assombrosas
Guardadas juntinhas
No bau da felicidade
Saudades!!!


Posted by Picasa

Cindy


E uma formosura
Tinha um mes
Quando chegou
Tres anos, voou
Verdadeiro pedegree
Ensinou, aprendeu
Da pata aqui
Deita, rola,
Vai, pega ali
Vem, fora, aqui
Nao entra na casa
Sem ser convidada
Nao,. nao e verdade
Sua amiga poltrona
E o que convida
Constantemente
Sociavel a menina
Chega, encosta,
Estica as pastas
E ronca. Que bronca!
Um minimo ruido
ela desperta assustada
Mesmo sonolenta
Procura estar atenta
Vinagrilhos, tartarugas
Esquilos e os grilos
Tiram seu sossego
Late, late e late
Corre, nos avisa
do 'perigo' no jardim
Se alegra sempre
Quando corre enfim
No bosque nas manhas
Me acompanha feliz
Corre, pula,mergulha 
No bosque verdinho
Late para a vaca
Para o sujeito suspeito
E com seu  jeito
Chega pertinho
Me dando carinho
E pedindo atenção
Essa 'garota'
E so satisfação.

" O amor não suporta a perda. E uma forma de não perder é transformar a experiência que não existe mais em poesia ou literatura." by Rubens Alves





Julie


Fareja aqui..
Fareja acola
Busca nos cantos,
Corre na casa
Cheira o que restou
Me olha profundo
Perguntando..
Onde estao?
Vamos caminhar
Para disfarcar
Mas a alegria
Se escondeu
Quer regressar
E quem sabe
Uma esperanca
Dos filhotes
Reencontrar
Resta apenas um
Por pouco tempo
E a dor que sentiu
No corpo que pariu
O instinto salvou
Chega ao fim
De ver as crias
mamando,lambendo
latindo, aquecendo
Agora,... so resta
Esperar um dia
quem sabe
Ter mais alguns
ou, nenhum.



Recomeçar.



La do céu, levada pelo vento e a velocidade do meu companheiro de doze anos, o qual percorreu comigo terras distantes, exóticas, frias, quentes, grandes e pequenas. Ele me propicia  observar uma parte da terra onde o domínio do homem e evidente, permanente, quem sabe.
São as cidades, seu planejamento, suas ruas, casas, prédios, as arvores plantadas, outras mantidas,lagos,rios, montanhas, florestas e pouco a pouco tudo se torna pequeno, mas muito pequeno, só as luzes tornaram se pequenos pontos, visto de longe, de muito longe. E la estava, as grandes nuvens, elas cobriam a terra. Os pensamentos nelas repousavam. Pensava que ali poderia descansar eternamente, em uma nuvem como um floco de algodao doce.  Vivendo uma doce vida . Vivendo assim, não haveria necessidade de despedidas, de adeus, de hasta luego, ciao, tchau, bye, ate a próxima, por um tempo imaginei que viver nas nuvens seria o ideal. Puro engano, já comprovei, não é. Ha turbulências, grandes, muitas e sempre. 
Já na escuridão, na alta  madrugada, nada se via la fora, nem mesmo as nuvens, só os  pensamentos que já estavam tão obscuros quanto a noite. Hora de repousar, deixa para  la a refeição a bordo, fecho os olhos, os ouvidos ainda não,  pratos sendo servidos, línguas estrangeiras familiares, manjares, lembranças.
Sigo pensando e consolada pela poltrona que vira uma semi-cama. Mãos estranhas gentilmente lança  uma  coberta  macia que se estende pelo meu corpo e  me aquece. A  lâmpada lateral e apagada, o livro aberto se fecha e  se mantêm ao meu lado, esperando uma outra oportunidade de leitura.
O cansaço repousa, a mente viaja e o corpo adormece, sonhando com um novo amanha, novo futuro, novo mergulho.
A gentileza das mãos noturnas me despertam com um lenço aquecido,uma musica suave e em seguida um  saboroso café da manha,  que o estomago vazio agradece.No desembarque, o reencontro, o beijo, o cheiro.
O retorno a casa, as canções do K.love, o verde exuberante da estrada, da cidade,do bairro, do condomínio, do jardim, enfim em casa. A casa distante dos amigos chegados  e da família de sangue. Mas a casa dos novos amigos,dos que passam, entram e se vão felizes.Uma casa especial.
A tranqüilidade interior, a paz, a alegria, a satisfação.
Mão na mão,o sempre e eterno aconchego.
Que chamego!!!






A chuva

Ja e tarde,
Bastante tarde
Traz com ele seus ruidos, gemidos
Seu clarões, seu frescor
Por todos os lados
Deixa cair, sentir,molhar, 
Inundar, penetrar,alimentar
O cheiro da terra faz emergir
Penetra nas raizes profundas
Na roseira, suas  gotas reluzem 
Mesmo com tantas nuvens
Transportadas pelo vento
Que encontra o calor
 E libera o frescor
Que meus olhos veem,
Ouvidos sentem,
E a alma agradece
O som mais puro 
Natural  e real .
by Marli Camargo

Dentro de mim,
Ha passaros que cantam
Eu estou cansado de partir
Sou homem,
Mas nao sei por onde ir
Sou passaro, 
Nao sei porque me espantam."

by Carlos Nejar

Passaros feridos

Foram muitos  seus vôos. E que vôos!... Lançar-se no espaço, ao encontro do azul do céu... Ganhar assim, na força nata de suas asas, admiração da beleza plástica de seu voar. Aprendera que não havia limites. Que desafiar o espaço fazia parte de si. O Canto? O Cantar era a elegia a tudo isso, o símbolo da essência que continham sua vida e que estava contido no pulsar de seu coração. Seu trinado ressoara musicalmente afinado, naturalmente encantador. Pássaro trinador. Voar e cantar. Simplesmente como o nascer e o se pôr do sol.
Na liberdade de um dia, voando no canto da harmonia que a corrente do vento ensaiava, caíra preso na rede estendida no espaço-sem-limites, onde suas asas não podiam alçar vôo e seu canto transformara-se em lamento. Fora então, recolhido por mãos humanas que, de forma tirana, o colocaram em uma prisão. Reclamara. Chorara. Trinara. Tudo fora em vão.
Sobrevivera naquela prisão, onde não havia como voar, onde não havia como ser o pássaro que conquista espaços. Não havia o azul do céu, não havia a luz do alvorecer ou as mágicas cores do entardecer dos dias. Tudo transformara-se em monotonia. De outros pássaros, ao longe, só o canto ouvia. Então cantava, buscando no cantar o som da companhia.
Menos pássaro agora, pouco importa lá fora. O comer, beber, tudo tem. Cantar, ainda canta. É quando sente-se livre, embora cante a tristeza da liberdade perdida. Não reconhece a saída da prisão. Existira para a liberdade. Tantas vezes a porta da gaiola ficara aberta sem que disso percebesse. Seus vôos livres perderam-se no esquecimento de si mesmo.
A mão do destino na força do tempo conspira para o libertar. Enfraquecida, a corda que prende a gaiola, rompe-se. De encontro ao chão, abre-se toda. O pássaro preto atordoado, confuso, está fora da gaiola. Fica saltitando pelo chão. Não sabe que rumo tomar. Desaprendeu a voar. Esqueceu que é pássaro. Liberdade é só um cantar.
Porém, o gato da casa sabe ainda para que serve um pássaro. Num salto cai sobre o pássaro preto com suas garras afiadas, mas estas escorregam nas penas e o pássaro preto consegue, saltitando, quase num vôo, sair do seu alcance. Um tanto ferido, mas a salvo, no alto. Toda liberdade requer um risco. Agora ele percebe o azul do céu. O espaço. O não existir limites. O ser pássaro. O voar. Novamente o trinador ressoa em si. Bate as asas no impulso do vôo ao azul do céu...
Assim, de novo reencontra o sol a brilhar na liberdade diária, no gorjear alegre das horas, da companhia alvissareira do bando. Suas asas retomam as forças e suas penas novo brilho. Seu canto encanta com seus trinados; arranja logo uma parceira por ele enamorada. Aquele sentimento que passa a uni-los, só faz aumentar os limites da liberdade que ambos sentem viver, aumentando o dom de perceber e a visão do sentir cada dia amanhecer. Embalados na sintonia desse saber, constroem o ninho que abrigará os frutos dessa canção.
Na construção diária da alcova, cada vôo se faz uma aventura nova. Sua amada, se entretém na busca intermitente de fazer o ninho, não percebe o perigo e seu vôo vai de encontro à rede da prisão. Agora, o Pássaro Preto tem para si, todo o espaço e o azul do céu. Mas não tem a liberdade. A sua liberdade está presa com sua companheira. Na mesma gaiola em que ela está.
Ele tem todo espaço para voar. Toda floresta para cantar. Nada disso e capaz de o motivar. Está preso em sua própria liberdade. Lança-se em vôo alto, demorado. Canta, um cantar dolorido, apaixonado; ouve ao longe, um cantar entristecido. Um amar adormecido. Seu vôo se aplaca, se amaina. Sobrevoa a gaiola onde ela está. Um alçapão. Bate forte seu coração. Fecha as asas. Fecha-se o alçapão.
Juntos na prisão da gaiola, unidos na liberdade de viver a eternidade do sentimento que supera o tempo, espaço e dor: a força do amor. 

by Erode Leite

TEMPO DE VOLTAR

E tempo de voltar
Voltei
Encontrei
Gente querida,
Envelhecida
Vivida
Gente que marcou
Plantou, cicatrizou
Gente que  amou
Sacrificou, curou
E tempo de voltar
Encontrar nova gente
Adolescente 
Carente
Presente
Contente
Ausente
E tempo de voltar
Conviver
Com nova geração
Calcas coloridas
Chapinhas 
Cartinhas
E tempo de voltar
Aprender
Que o tempo
Nao volta nao 
E tempo de voltar
A arrumar as malas
Guardar as doçuras
Dobrar a tristeza
Guardar o sucesso
Jogar fora a  decepção
Doar o carinho
Deixar o vestígio 
Do valor, 
Da emoçao
Da gente que vem
Da gente que vai
E tempo  de voltar
Checar o que levar 
O que deixar
Nao deixar o amar
Me corrigir
Nao agredir 
Nao fugir
Encarar
E tempo de voltar
As malas carregar
Despachar a solidão
Desfrutar  da primeira classe
Me aconchegar nas nuvens
Aterrissar
Com o pe no chão 
E saber que nada
Nada e em vão 


by Marli Camargo

PARA QUEM AMO


Permita-me a palavra,

em torno do meu coração,
dizer, com poucas do amor.
Desse inesperado,
que quando me basta o silêncio encaro com doçura.
A solidão de alguns dias desconcerta um pouco,
traz um sentimento urgente de presença,
e vai-se por dentro, inventando verdades, que são mentiras que contamos pra gente,
e a saudade passa a ser o alimento em excesso.
As coisas acontecem lá fora,
mas acontecem dentro de nós também,
Eu acredito no amor,
que chega na calmaria ou no atropelo,
e porque eu acredito, ele existe!

by Eliana Holtz

Dios mío,
oye mis gritos,
escucha mi oración.
¡Ya no aguanto más!
Por eso te llamo
desde el último rincón del mundo.
Ponme sobre una gran piedra,
donde quede a salvo del peligro.
¡Tú eres mi protector!...
Salmo 61.1-3 BLS

A comunicacao avisou que nao podera vir

Interessante quando fujimos da comunicação
O desprezo, o menosprezo, o silencio
A acusação, o mandar tomar, enfiar, a ameaça,
A pobre mae, o diabo, o viado 
acabam sendo os  principais convidados.
Pobre tensão, sofre de montao 
Pela ausência da comunicação
A festa corre e chama o alvoroço.
A revolta chega de mansinho, 
O féu chega  e logo  faz o réu,
O  juízo ordena  o nervosismo 
Que de bonzinho nao tem nada
A vingança prospera,
Os gritos se animam,
Os cabelos dançam
Os espumantes de adrenalina celebram
A revolta  baila trazendo o stress 
Que canta  com a  rebeldia 
Terminando em um baita show
Animando o coração  a sofrer 
E as celulas malignas chegar  .
E  a velha comunicação, perde a festa 
onde a harmonia seria convidada
e a desarmonia desarmada.

by Marli Camargo


EMBU DAS ARTES

Em busca de inspiração
Uma busca não em vão 
Caminhando nos paralelepípedos
Com  sonhos andando
Com coração chorando
Amigas acompanhando


Artes  debruçadas no chão
Martelos trabalhando na mão
Pedras Preciosas esculpidas
Ferros fundidos transformados
Em flores de latas coloridas
Refletidos nos espelhos
Pendurado na esperança
No quadro de aquarela


Grupos folcloricos estrangeiros
Paraguai, Uruguai, Brasileiros
Na estância do Embu
Apresentando a paixão
As cores do violão 
Pintadas no coração 

Ruinas e bombardeios deixados no passado podem ser usados para construir sonhos, acelerar desejos e unir vidas 
by Marli Camargo