A VELHA AMIGA

Lá está todo o tempo. As vezes nem fazemos caso dela. Suas cores ja não são tão fortes, mas sua resistencia continua da mesma forma como foi primeiramente projetada.
Junto com ela meus sonhos parecem reais e quando com ela compartilho a leitura, me envolve de tal forma que parece conhecer meus sonhos desfeitos e acaba recebendo minhas lágrimas,ou então balança com minha alegria que sinto no coração pelas emoções da vida.

Com ela, divido meus poemas, as brincadeiras, minhas travessuras de menina - mulher, divido o peso do corpo e até da alma.
Outras companheiras conhecidas se jogam sobre ela para me alcançar e uma lambida no rosto me dar, deixando seus pelos e seu cheiro no ar.
Dela posso enxergar a natureza se movimentar. As nuvens passando, o sol ardendo, as monarcas voarem e outras borboletas dançarem.
A joaninha agarra em seu material e contrasta sua cor com a laranjada desbotada.
O enorme besouro se aproxima e zumbi perto da minha cabeça, ameaçando deitar no meu peito e me fazer deixa-la, mas não faço.
Com ela fico a meditar e os minusculos insetos insistem em chegar.
Embora desbotada atrai as abelhas, que confundidas buscam o pólen, mas logo se desviam e encontram a flor que ao nosso lado esta.
Nela posso sentir, o vento soprando entre as folhagens dos arbustos e de longe posso escutar o gorgolejo do riacho que corre tranquilo sem se cansar.
Todavia me leva a pensar, o quão maravilhoso e descansar , aliviando a dor das saudades, lembrando das grandes amizades, meu Pai agradecer tudo o que me da prazer.
Nela um cochilo não posso evitar e o balanço na minha velha amiga REDE desfrutar.


by Marli Camargo

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